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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
A suspensão do júri de Luciano Augusto Bonilha Leão, um dos acusados pelas mortes no incêndio da Boate Kiss, devolveu a esperança à Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que defende que todos os réus do processo sejam julgados na mesma cidade.
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'É lamentável', diz advogado de réu sobre suspensão de julgamento do Caso Kiss
- Quem nos acompanha durante esse anos de luta sabe que nosso objetivo sempre foi que os quatro réus fossem julgados em Santa Maria num júri só. Tentamos, junto com o Ministério Público, o reaforamento dos outros três réus para Santa Maria, mas sem sucesso. Depois, tentamos levar o julgamento do Luciano também para Porto Alegre. Essa suspensão chegou numa hora bem sensata, porque, com o júri acontecendo em dois lugares, pode se correr um risco de pedirem a nulidade do júri mais tarde. E, daí, teríamos que passar duas vezes por esse desconforto do julgamento - afirma Flávio Silva, presidente da AVTSM.
Diante da impossibilidade de reunir todos os réus em um mesmo júri em Santa Maria, o MP resolveu pedir ao Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) que também o último acusado tivesse seu julgamento transferido para Porto Alegre, e ainda requereu liminar para suspender a sessão de segunda-feira. O desembargador relator negou a liminar, mas o pedido principal - o desaforamento - ainda não foi julgado.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz deferiu, na noite desta nesta quinta-feira, o pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul para suspender o julgamento. A sessão do tribunal do júri estava marcada para a próxima segunda-feira, na cidade de Santa Maria, local da tragédia.
- Agora, a gente vai continuar essa mobilizarão, ainda mais forte, para se preparar para quando forem marcadas as datas do júri em Porto Alegre estarmos prontos para encarar mais essa batalha, relacionada à morte dos nossos filhos. Seja aqui ou em Porto Alegre a gente vai brigar para que a justiça seja feita - destaca Flávio.
Os outros três réus - Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffman e Marcelo de Jesus dos Santos - já têm a definição de que serão julgados em Porto Alegre, ainda sem data definida.
*Colaborou Janaína Wille